FORMAÇÃO SINDICAL

"Esperançar é se levantar... Esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo...” 

Nas palavras do mestre popular Paulo Freire, sempre é possível se esperançar, acreditar que caminhos coletivos estão mais vivos do que nunca. Que os vários saberes são bem melhores que um único saber.

Por assim entender, e com base nos caminhos já apontados pelo 12º Congresso da CONTAG, e reafirmados no Planejamento da Confederação, a Escola Nacional de Formação da CONTAG se abre para conhecer outras estratégias de formação política desenvolvidas pelas organizações e movimentos que atuam no campo. 

Assim aconteceu nessa terça-feira (24 de outubro) a 1ª reunião com algumas dessas entidades (CONTAG, Dieese, Inesc, Escola de Formação do PT e a CTB). Uma oportunidade de socializar variadas experiências formativas, mas também de debater sobre a construção de estratégicas que consigam chegar e transformar à vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Um momento também de discutir conjuntamente sobre os desafios postos pela atual conjuntura política do Brasil. 

"Vivemos uma ruptura do processo democrático no Brasil, que pode até levar a não realização das eleições no próximo ano. Portanto, o desafio é enorme, e nos exige uma reação para a retomada da democracia, e das políticas e programas voltados para o meio rural. Temos a necessidade de realizar ações unitárias de resistência contra a perda de direitos, o corte no orçamento, e também de pensar em como a nossa formação política pode contribuir nesse enfrentamento dos interesses do grande capital nacional e internacional”, ressaltou o presidente da CONTAG, Aristides Santos, que esteve presente na reunião. 

Para o secretário de Formação e Organização da CONTAG, Guto Silva, a formação precisa ampliar seus horizontes, suas parcerias e ser um espaço para debater vários temas.

“Precisamos ter uma ENFOC que se abra para dialogar sobre vários temas: a questão ambiental, a crise hídrica, a agricultura urbana, os impactos/efeitos do golpe nas relações sociais, a violência no campo, a dominação e violência contra as mulheres, o direito à propriedade, o avanço das forças religiosas nos espaços públicos, entre outros", afirmou.

Ao final da reunião, nas vozes dos(as) representantes da CONTAG e das entidades parceiras, o sentimento era um só: esperançar para avançar! 

“Precisamos ampliar a nossa visão das relações com vários setores da sociedade. Não temos dúvida nenhuma que essas instituições que fazem formação política pelo Brasil vão contribuir com o nosso caminho formativo de base e de massa, e ao mesmo tempo estarão se somando as nossas ações e mobilizações (Grito da Terra Brasil, Marcha das Margaridas, Festival da Juventude Rural, Enafor, etc), em defesa dos interesses comuns e das esperanças do povo trabalhador brasileiro.


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