Intensificar o trabalho de base foi a estratégia que os 87 participantes, das 15 regiões da Bahia, definiram como enfrentamento à exploração capitalista. A análise aconteceu durante o 4º Curso Estadual da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc) baiana, que teve início na última segunda-feira (09), na Organização Fraternal São José, no Largo de Roma, em Salvador, Bahia. A atividade segue a proposta formativa da escola nacional e tem como eixos transversais a Pedagogia para uma nova Sociabilidade, Memória e Identidade.
Ontem (11) as análises foram em torno da compreensão sobre os papéis e ações do Estado, Sociedade e da Ideologia. A Mestra em Educação do Campo, Eugênia da Silva, e o Pedagogo da Terra, Juliano Vilas Boas, ambos educadores populares, facilitaram as discussões e ao final, o grupo apontou como destaque a compreensão de que, neste modelo capitalista, o trabalhador não desfruta do lucro, tampouco dos produtos e benefícios produzidos por seu trabalho.
Dona Eliene Batista, agricultora familiar e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaguaçu da Bahia, região de Irecê, lamenta o tempo reservado ao trabalho. “Quanto mais a gente trabalha, mais a gente tem necessidade de trabalhar. Isso tudo pra dar conta das necessidades que esse sistema diz que a gente tem. A gente não tem tempo para nada, pra família, pra vida. E é assim que o capitalismo fica forte”.
Para a secretária de Formação e Organização Sindical da Fetag-BA, Vânia Marques Pinto, esse momento é fundamental para a construção de uma consciência de classe, e para compreensão da necessidade de uma ruptura com o modelo de desenvolvimento da sociedade capitalista. “Somente quando toda a classe trabalhadora se unir será possível uma nova sociedade, sem exploradores e explorados. Os processos educativos com caráter emancipatórios não mudarão a sociedade por si só, mas sem sombra de dúvidas é um passo para a organização da classe rumo à outra sociabilidade, justa, humana e solidária”, conclui.
As noites também estão sendo movimentadas. Na terça-feira (10) foi a vez das oficinas de educação e arte popular, mídias sociais e mística, com as educadoras populares Maria Ingrácia Couto (SE), Rosely Arantes (PE) e Vânia Marques Pinto (BA). Hoje a noite está reservado para o cine debate com o documentário “O dia que durou 21 anos”, que conta a história de como foi planejado o golpe de 1964 e instalada a ditadura militar no Brasil.
Como atividade intermódulo será proposto aos participantes a realização de uma pesquisa sobre a história do sindicato no qual estão vinculados, além da leitura de textos sobre o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS) e o Manifesto do Partido Comunista. O 4º Curso Estadual da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc) da Bahia vai até a próxima sexta-feira (13). Os próximos módulos serão realizados em julho e agosto.
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