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Uma noite cultural de valorização da identidade dos povos do campo, da floresta e das águas

Teve Bugiu, Polonese, Bumba-Meu-Boi, Moda de Viola, Swing, música popular brasileira. Teve fortalecimento e valorização da cultura local! Assim foi a noite cultural da 3ª Plenária Nacional da Juventude Rural. 
 
“Para a CONTAG a promoção da identidade local é fundamental para manter o enraizamento e a singularidade da cultura dos povos do campo, da floresta e das águas. Portando, todo o conjunto do Movimento Sindical sempre traz em sua pauta de reivindicações a importância de conquistar programas e projetos que promovam e protejam as culturas dos agricultores e agricultoras familiares, visando garantir o reconhecimento e respeito a diversidade de suas expressões culturais, raciais e étnicas e de seus bens simbólicos”, afirma a secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais.
 
Dos pampas gaúchos veio a dança do Bugiu que encantou com seu ritmo de 2/2, realizado em pares, compostos por peões e chinas indígenas. Do Sul veio também a Polonese, dança que é resultado da forte influência alemã na região.  
 
“Apresentamos aqui um Bugiu que é uma dança tradicionalista gaúcha e a Polonese que engloba os três estados do Sul por causa da cultura alemã. A noite cultural da 3ª Plenária nos possibilitou um grande intercâmbio cultural. Fez a gente sair da nossa própria cultura e admirar a riqueza imaterial dos outros estados”, diz Ede Balbinotti. 
 
Com toada, matracas e pandeirões o Bumba-Meu-Boi do Maranhão sacudiu a juventude rural brasileira.  
“Estou muito orgulhosa de poder trazer para Plenária da Juventude a cultura do meu estado. O Bumba-meu-boi é uma festa democrática, uma dança de raiz, que por ser festa de origem negra, sofreu perseguição política e policial, chegando a ser proibida. Mas hoje estamos aqui em Brasília com liberdade de celebrar nossa cultura popular! Celebrar o nosso jeito de ser e fazer que é próprio do meio rural”, afirmou Simone Silva, que foi índia do boi.

Teve até grupo roraimense dançando  swing baiano.
 
"Criamos o grupo como uma estratégia de integração, de canalizar nossas energias para algo bom que é a dança. Quando dançamos fazemos bem para o nosso corpo e para nossa mente. É uma boa receita para quem quer viver mais feliz”, pontua Anderson Alves, que é um dos cinco integrantes do Grupo Malinos do Swing, da zona rural de Boa Vista-RR.

A moda de viola com a dupla Kley e Ualisson também envolveu a juventude com aquele calmo embalo lá da roça. 
 
“Trouxemos para cá um pouquinho do nosso jeito de ser e de viver do meio rural”, afirmou Ualissom Santos.

Por falar em moda de viola... Até o fotógrafo contratado para fazer a cobertura da 3ª Plenária Nacional da Juventude Rural, deixou a máquina de lado por alguns minutos e dedilhou umas cantorias para a moçada.
 
“É de suma importância preservar a cultura da roça, valorizar a mistura de tradições, preservar as identidades das várias regiões brasileiras que estão aqui hoje”, declarou Luiz Fernandes, fotógrafo e músico, que há 13 anos presta serviço à CONTAG. 

E entre uma música e outra sempre tinha uma canção popular trazida pelo mineiríssimo, Farinhada.
Quem não tocou e nem dançou também teve muito o que dizer sobre a noite cultural.  

“Sempre via a moda de viola por televisão ou por rádio, mas ao vivo é a primeira vez. Estou gostando muito. É como se você estivesse na roça ouvindo o rádio de pilha enquanto o café tá cheirando lá no fogão. Muito bom”, Ivan de Souza Santos.
 
“Os governantes estão esquecendo a cultura local. Então cabe a nós preservar cada ritmo, cada vestimenta, cada detalhe que nos são passados por nossos pais e avós”, Alessandra Cristina de Jesus Dantas.  
 
“A noite cultural é um grande encontro da nossa cultura e  um espaço de integração e convivência. Vou voltar para o Acre levando na bagagem um pouquinho de cada jovem rural do Brasil”, Lucas Monteiro.
 
“Tudo isso garante mais força pra juventude do campo seguir unida e lutando por seus direitos”, Erika Escarpado.
 
Viva a cultura popular!

Viva a preservação da identidade do meio rural!!  

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