Patrono da educação no Brasil, Paulo Freire aponta que o ensino deve permitir que o educando(a)-educador(a) seja sujeito crítico, compreendendo que não há verdades absolutas, mas sim saberes diferentes que devem ser dialogados.
O acervo literário do educador popular é reconhecido em nível nacional e latino-americano, como patrimônio da humanidade, no Registro Internacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO (jun/2017).
Freire, também já foi condecorado com outros prêmios e reconhecimentos, entre os quais estão o prêmio internacional da Unesco na área de Educação (Mohammad Reza Pahlavi Prize de 1975). Seu livro Pedagogia do Oprimido é o único título brasileiro a aparecer na lista dos 100 livros mais requisitados de leituras exigidas pelas Universidades de língua inglesa. E também como o autor com mais citações registradas no Google Scholar, um sistema de ferramentas que organiza artigos científicos e material produzido por organizações profissionais e acadêmicas para pesquisadores(as) de todo o mundo.
É justamente esse pensamento crítico-reflexivo que tem sido perseguido pelas forças reacionárias do País, que desde abril por meio de uma Consulta Pública SUG 47/2017 propõe a retirada do título de patrono da educação brasileira ao educador e filósofo Paulo Freire.
A CONTAG e Federações que primam pela liberdade, autonomia e emancipação dos sujeitos no processo de ensino-aprendizagem, reafirmam seu repúdio à Consulta Pública, e destacam a importância do legado político e pedagógico de Paulo Freire, que tem contribuído historicamente com a construção de uma pedagogia educacional onde as pessoas aprendem a escrever lendo suas próprias condições de vida e a questionar as relações de dominação que pesam sobre a classe trabalhadora.
A classe trabalhadora se referencia desse legado deixado por Paulo Freire, inclusive os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares através de várias experiências de alfabetização desenvolvidas por Freire.
Continuaremos a fazer o enfrentamento contra os ataques à democracia e reafirmando que EDUCAÇÃO é DIREITO e NÃO é MERCADORIA.
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