TRABALHO DE BASE EM TEMPOS DE PANDEMIA

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Iniciou ontem (19) uma série de encontros com a 7ª Turma da ENFOC para refletir sobre trabalho de base em tempos de pandemia. O primeiro encontro foi com a turma nordeste e reuniu cerca de 35 pessoas.  

Os encontros virtuais acontecerão regionalmente e contarão com a presença dos educadores e educadoras populares da 7ª Turma, secretários e secretárias das FETAGs, assessorias e membros da Rede que se envolveram no 7º itinerário formativo da ENFOC.

O objetivo dos encontros, além de refletir sobre o trabalho de base no contexto da pandemia, é também garantir um lugar de fala, de afeto e de troca de sentimentos de como estamos atravessando esse período.

A 7ª turma da ENFOC finalizou o seu processo formativo e estão nesse momento vivenciando o período pós-curso, fase dedicada ao trabalho de base, a multiplicação dos conhecimentos e atuação em rede.

No ambiente virtual de aprendizagem do curso (plataforma moodle) as turmas compartilham seus projetos de atuação continuada e trocam experiências dos seus fazeres, na condição de educador e educadora popular que dão vida a estratégia formativa da ENFOC junto a base.

Com a pandemia, muitos projetos que teriam atividades programadas para o período terão que ser revistos e esse é um dos convites que fazemos a 7ª Turma, olhar para o contexto e revisitar os projetos, ver o que precisa mudar, reprogramar, ressignificar.

O período que estamos atravessando nos obriga a reinventar o nosso jeito de estar e atuar no mundo, a ressignificar a vida e os sentidos que damos a ela em suas várias dimensões.

Na dimensão coletiva da luta é tempo de recriar novas formas de fazer e refletir sobre os desafios que temos como militantes e como educadores e educadoras populares em meio a grave crise política, econômica e social que enfrenta o nosso país.

O que esse reinventar de práticas vai exigir de nós? Que mudança de postura vamos adotar no pós-pandemia?

Com essas provocações, esperamos animar as turmas para continuarem comprometidos com o processo, criando e recriando novas práticas pautadas nos princípios da educação popular, da solidariedade e da coletividade.

Nessa entoada, seguimos acreditando que podemos construir um outro mundo possível e reafirmamos os ensinamentos de Paulo freire, em sua pedagogia da esperança que diz:

 “A utopia não seria possível se faltasse a ela o gosto da liberdade, embutido na vocação para a humanização. Se faltasse também esperança sem a qual não lutamos. O sonho pela humanização, cuja concretização é sempre processo, é sempre devir, passa pela ruptura das amarras reais, concretas, de ordem econômica, política, social e ideológica que estão condenando à desumanização. O sonho é assim uma exigência ou uma condição que se vem fazendo permanentemente na história que fazemos e que nos faz e re-faz”.

Segue a agenda dos próximos encontros:
• 21/05 – 14h – Norte
• 26/05 – 14h - Centro-Oeste
• 28/05 – 14h - Sul
• 02/06 – 14h - Sudeste 

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