Jornada Formativa “Fascismo: conhecer para combater”
Basta um simples clique no Google para saber que o fascismo não é coisa boa. “Fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia. Embora os partidos e movimentos fascistas apresentem divergências significativas entre si, é possível apontar várias características em comum, entre as quais nacionalismo extremo, desprezo pela democracia eleitoral e pela liberdade política e econômica, crença numa hierarquia social natural e no domínio das elites e o desejo de criar uma comunidade do povo em que os interesses individuais sejam subordinados aos interesses da nação”.
Não sendo coisa boa, é preciso enfrentá-lo. Pensando assim, a Escola Nacional de Formação da CONTAG (ENFOC) realiza a Jornada Formativa “Fascismo: conhecer para combater”.
Ao todo são 11 Encontros virtuais com a participação de 70 educadores e educadoras populares de todo o Brasil. Dentre os objetivos da Jornada Formativa, estão: Delimitar as diferenças entre os modelos fascistas do século XX e os do século XXI; Compreender a extensão das mudanças sociais, políticas e econômicas que a imposição do regime fascista traz para as sociedades; Identificar as especificidades da situação brasileira a partir tanto da sua história quanto da história dos movimentos sociais e instituições afetadas pelo fascismo; Refletir sobre as opções de resistência e luta a partir das realidades locais e da experiência pessoal dos que são afetados pelas mudanças autoritárias no Brasil atual; e Partilhar experiências individuais e os processos de resistências locais de modo a fortalecer a democracia e a participação política como formas de oposição ao regime autoritário instalado.
O primeiro encontro já aconteceu. Realizado na quinta-feira (20 de agosto), o bate-papo virtual contou com a contribuição do professor e colaborador da ENFOC, Fernando Horta. No debate foi guiado pela questão problematizadora - o que é o fascismo?
Depois de refletir sobre o caminho histórico do Fascismo e os seus vários conceitos, Fernando Horta deixou o recado. “Eu espero que a gente encontre força para combater esse projeto político. Que possamos construir uma sociedade plural que respeite os pontos de vista do próximo, e não trabalhe a ideia de eliminação daquele(a) com quem não concordamos, seja uma mulher, um gay, uma pessoa tatuada...”, frisou Horta.
Além do professor da Unb, também contribuem com a Jornada Formativa “Fascismo: conhecer para combater”, Socorro Silva, Carmem Silva, Márcia Tiburi e Oscar Jara do Conselho de Educação Popular da América Latina e do Caribe (CEAAL). Outros nomes serão confirmados ao longo do itinerário formativo.
O próximo Encontro será sexta-feira (28 de agosto de 2020, às 15h).
“Vamos conhecer a história do Fascismo, e resistir e lutar contra suas práticas autoritárias e antidemocráticas”, pontua o secretário de Formação e Organização da CONTAG, Carlos Augusto Silva (Guto).
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